Mais que um Trabalho:  Um Propósito

Antes de ser advogado, eu sou filho. Sobrinho. Primo. Pai.
Sou alguém que já viu, por dentro, o que acontece quando a saúde falha. E talvez por isso eu leve tão a sério o que faço.

Minha história com o Direito da Saúde não começou em uma sala de aula. Começou em casa.
Começou vendo, de perto, o que acontece quando o sistema de saúde erra — e quem sofre não tem a quem recorrer.

Meu primo nasceu com paralisia cerebral.
O parto estava todo programado para ser cesárea, como indicado no pré-natal.
Mas, no dia e hora marcados, o médico que atendeu era outro — não conhecia a gestante, nem acompanhou a gestação.
Decidiu, por conta própria, fazer um parto normal.

O bebê sofreu.
As sequelas foram irreversíveis.
Minha tia largou tudo para cuidar dele.
Abriu mão da própria vida e não pôde mais trabalhar.

Durante um período, ela contou com apoio.
Mas o desgaste emocional, a pressão e a sobrecarga — que só quem vive entende — acabaram fragilizando a estrutura da família, até que o marido foi embora.

Com o tempo, tudo foi pesando demais, minando aos poucos o casamento, a saúde, a estrutura da família.
Até que tudo desmoronou.

A Defensoria entrou com uma ação. Venceu.
 
No entanto, a decisão nunca foi cumprida.
O hospital faliu, os donos desapareceram e, por conta de um erro estratégico na condução do processo, a justiça que veio no papel não se concretizou na prática.

E tudo ficou por isso mesmo... Meu primo viveu até os 18 anos. Minha tia nunca mais foi a mesma.

O sistema negligente também bateu à minha porta.

Meu pai foi diagnosticado com câncer.
A cirurgia que precisava ser feita com urgência levou meses pra acontecer.
Quando finalmente foi realizada, o tumor já tinha se espalhado: cabeça, pulmão, metástase.

Pode parecer mentira, mas, na mesma época, minha mãe também enfrentava um tumor no intestino.
Eu levava os dois para as sessões de quimioterapia e radioterapia.

Cuidava deles, enquanto tentava cuidar de mim.
Foi o período mais difícil da minha vida.

Eu vi meu pai definhando.
Vi um sistema lento demais pra quem não tem tempo a perder.
E vi ele partir, sabendo que poderia ter vivido mais — se tivesse sido atendido como precisava.
Felizmente minha mãe venceu a batalha e sobreviveu.

Essas histórias não estão nos livros.
Estão na minha vida. E me trouxeram até aqui.

Isso muda tudo na forma como encaro uma injustiça.
Aqui, cada cliente é tratado como eu gostaria que tivessem tratado a minha própria família.

Se o plano de saúde falhou com você — por um erro médico, por uma negativa de tratamento ou por puro descaso — você não precisa enfrentar isso sozinho.

Conte comigo. 

Dr. Renan Coelho